segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Maquete ajuda na interação de alunos com deficiência visual


 Olá a todos!

Em 2010, na escola Estadual Doutor Jovino Silveira foi desenvolvido um projeto com o uso de uma maquete tátil demonstrando a região central de Serra Negra- SP.
Na maquete era possível identificar  os principais pontos da cidade, proporcionando as pessoas com deficiência visual maior compreensão e conhecimento do espaço construído.
E´uma experiência bem interessante.Vale a pena ler mais detalhes sobre este projeto.Abaixo da reportagem fotos do trabalho realizado.


14/10/2010 - O Serrano
Em 4 de outubro, a sala de recursos de pessoas com deficiência visual da Escola Estadual Doutor Jovino Silveira passou a trabalhar com um novo equipamento de apoio à interação social e desenvolvimentos dos alunos. Uma maquete que reproduz a região central de Serra Negra faz parte do projeto de educação inclusiva "Toque e Sinta sua Cidade".
Ela tem como objetivo transmitir às crianças com deficiências visuais e demais alunos conceitos e valores sobre o município de Serra Negra, ampliar o potencial de uso do espaço construído, garantindo assim inclusão social e cultural por meio da maquete tátil, com os principais pontos da cidade, com nome de ruas, avenidas, localização de edificações, casas, lojas, bancos, prefeitura e outras referências para orientação especial escrita em braille.
A maquete tátil possibilita a compreensão de um ambiente construído, a percepção do espaço permitindo potencializar o uso das habilidades dos alunos, através de respostas sensoriais com o uso das percepções tátil e cinestésica.
Segundo a reabilitadora e pedagoga visual Adriana Bonilha, o ponto mais significativo do projeto é a real participação de todos os alunos para conhecer a dificuldade na locomoção de pessoas com deficiência, localização dos pontos centrais, ruas, avenidas, bairros e a geografia da cidade. Como a pessoa com deficiência se locomove, as técnicas utilizadas e imagem visual do espaço em que vive. “A maquete é uma ferramenta importante no estudo e análise espacial, uma vez que o volume produzido traz em si todas as características essenciais à percepção de uma edificação.
A proposta deste trabalho é criar um novo uso para a maquete, onde ela deixará de ser puramente visual para ser tateada e explorada por pessoas com deficiência visual, pois, da mesma forma que a leitura em Braille, ela atua como um instrumento educacional, sendo uma das vias de acesso ao conhecimento do espaço que os circunda”, disse a responsável pela iniciativa.
No primeiro momento esse projeto teve o intuito de trabalhar a Orientação e Mobilidade sendo uma área de atuação eminentemente prática que visa estabelecer, de forma concreta, as dificuldades que a pessoa com deficiência visual encontra quanto às barreiras arquitetônicas, andar a pé utilizando a bengala, de transportes e outras, procurando prover recursos para a sua autonomia no contato com o meio para compreender a organização do espaço urbano, de forma a facilitar sua mobilidade pela cidade.
Num segundo momento haverá a participação ativa e efetiva dos alunos, professores das demais disciplinas para trabalhar o conteúdo sobre Comunidade e Município (material permanente que poderá ser utilizado nos demais anos letivos). Participarão também os alunos das Salas de Recursos de Deficiência Intelectual e estendida aos jovens da Guarda Mirim de Serra Negra, principalmente àqueles que residem em zona rural com pouco acesso e informações do centro urbano.
Maquete confeccionada por Eugênio Borges de Almeida Rodrigues e adaptada pela professora Adriana Bonilha. Alunos da sala de recursos de deficientes visuais participaram da confecção da maquete orientando e sugerindo a Eugênio Rodrigues como deveria proceder para que o projeto alcançasse seus objetivos. 
Fonte: www.bengalalegal.com/maquete

# PraCegoVer: Uma foto de uma sala de recursos com computador, TV e rádio no fundo da sala. No centro da sala uma maquete tátil representando a cidade de Serra Negra- SP, com casas, edifícios, postes, ruas e pontos turísticos.Do lado direito uma aluna de pé utilizando um monóculo, observando assim um ponto da cidade.Do lado esquerdo uma aluna cadeirante, com óculos, "tateando"outro ponto da cidade na maquete tátil.

 #PraCegoVer:Uma outra foto da maquete tátil representando a cidade de Serra Negra- SP.Ao redor da maquete um grupo de cinco crianças, sendo 2 meninas e três meninos, observando e "tateando" a maquete.Uma professora está junto com as crianças interagindo com elas.

 #PraCegoVer: Uma foto da maquete tátil representando Serra Negra-SP, com diversas casas coloridas, prédios, edifícios, ruas, árvores e postes de iluminação.

 Fonte: http://jovinosilveira.blogspot.com.br
 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Acessibilidade e inclusão




#PraCegoVer: Cartaz na cor cinza, com os dizeres em branco: “ Ir e Vir é direito de todos! Acessibilidade também. Respeitar as pessoas com deficiência é reconhecer que elas possuem os mesmos direitos que nós aos bens da sociedade. Abaixo do texto uma rampa e do seu lado direito uma cadeira de rodas.
No rodapé do cartaz do lado esquerdo está escrito: “fb.com/cnj.oficial



Dentre vários assuntos discutidos na atualidade na nossa sociedade, um ponto que vem ganhando cada vez mais importância e consideração é o tema inclusão.
Percebemos que as pessoas, as instituições, as empresas, todos de uma maneira geral, estão preocupados com o assunto, procurando informação, conhecimento e esclarecimentos, para com isso promover mudanças significativas, acessibilidade a todos, atitudes de respeito e valorização do próximo.
E um avanço expressivo foi a criação da “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência - LBI”, visando o exercício da cidadania; com direitos entre outros à vida, à saúde, ao trabalho, à cultura, à acessibilidade, acesso a comunicação e a informação; à igualdade de oportunidades; ou seja, sua inclusão social e profissional.
A lei de inclusão traz em seu contexto um capítulo à parte que trata sobre a acessibilidade e com isso é instituída a lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000 que “estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, ...”
A lei estabelece no seu artigo 53 que “a acessibilidade é direito que garante a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social”. E essa acessibilidade pode ser arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal, cada uma atendendo a todos, contribuindo com as necessidades específicas de cada cidadão e uma melhor qualidade de vida.
Podemos perceber que alguns espaços públicos e privados estão preocupados em proporcionar acessibilidade. E assim notamos banheiros adaptados, vaga de estacionamento, rampas de acesso, sinalização adaptada para o público-alvo, piso tátil, elevadores, sites acessíveis, recursos audiovisuais com audiodescrição, janela de interpretação de línguas de sinais, redes sociais com acessibilidade, espaços adaptados, e outros. Porém há muito ainda o que fazer.
E para que essa inclusão realmente ocorra e atenda a todos, com deficiência temporária ou permanente, ou sem, seria interessante que todos adotassem o Desenho Universal, que de acordo com a Lei nº 10.098 é uma “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva”.
O Desenho Universal atende 7 (sete) requisitos básicos proporcionando para todos acesso com autonomia e independência, pois a acessibilidade é um direito de todos.
Pensando sobre isso cabe a escola promover essa educação transformadora, proporcionando diferentes tipos de estratégias aos alunos portadores de deficiência, preparando os cidadãos para o exercício pleno da cidadania com direitos e deveres, com respeito e oportunidades iguais para todos.
É também dever das esferas municipal, estadual e federal propor e aplicar políticas públicas, oferecer formação aos professores, propor parcerias entre as instituições e apoio de profissionais capacitados dentro do ambiente escolar trabalhando em conjunto com os familiares.

www.denisecjo.blogspot.com.br

domingo, 23 de outubro de 2016

sábado, 1 de outubro de 2016

QUEM SOU EU?

Eu trabalho no câmpus Campos do Jordão do IFSP como Técnica em Assuntos Educacionais na Coordenadoria Sociopedagógica do câmpus.
Cursei o magistério e sou pedagoga por formação.
Tenho 2 pós-graduação: uma em Gestão Pública pela UCDB e outra em Tecnologia, Formação de Professores e Sociedade pela UNIFEI.
Possuo também um curso de libras  pelo Instituto SELI.


terça-feira, 27 de setembro de 2016

A pessoa com deficiência na minha história de vida



Ao refletir sobre a minha história de vida, sempre tive convivência, contato com pessoas portadoras de deficiência.
Isso começou na minha infância, com o nascimento do meu primo com Síndrome de Down. Foi um começo muito difícil para minha tia, afinal eram muitos os desafios. Desafios esses enfrentados com coragem e determinação. Mesmo com dificuldades financeiras a minha tia nunca deixou que faltasse nada para meu primo.
Meu primo na infância e adolescência frequentou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE. Mesmo apresentando uma dificuldade na fala, o meu primo gosta de conversar. Ele é muito carinhoso, tem alegria em viver, gosta muito de música e é um grande companheiro da minha tia. Hoje ele está com 37 anos de idade. Eu frequento a casa dele e ele a minha. Sempre tive um bom relacionamento com o meu primo.
Quando me formei professora, comecei a trabalhar em escolas da zona rural do município, em salas multisseriadas. E assim, tive a oportunidade de conviver com uma aluna com deficiência física. A aluna tinha dificuldade de locomoção, mas não usava muletas. Ela era muito independente. Apresentava dificuldade de aprendizagem. Mesmo com as suas limitações, a aluna participava das atividades escolares e lúdicas e das brincadeiras na hora do recreio. As outras crianças a respeitavam e cuidavam bem dela.
Depois disso comecei a trabalhar em uma escola da zona urbana. Nessa escola não trabalhei com nenhuma criança portadora de deficiência, porém a escola começou naquela época a receber alunos com deficiência. Primeiro foi uma cadeirante e depois um aluno com Síndrome de Down. A comunidade escolar começou assim a conviver diretamente com esses alunos, interagindo, observando suas dificuldades, seu desenvolvimento, sua socialização e suas vitórias. Realmente é uma experiência de vida.
Em 2009, comecei a trabalhar no câmpus Campos do Jordão do IFSP. Em março de 2012, iniciamos um programa somente para mulheres em situação de vulnerabilidade, denominado PROGRAMA MULHERES MIL. O programa tinha como prioridade atender cerca de 100 (cem) mulheres residentes no município que além do curso de qualificação profissional na área do artesanato, as alunas tinham acesso a diversos conhecimentos como: saúde da mulher, direitos da mulher, empreendedorismo, aulas de português, matemática, meio ambiente e informática.
Eu era uma das gestoras do programa. E depois de toda uma divulgação nos bairros do município, tivemos o período de matrícula. E assim se apresentou uma candidata ao curso sendo portadora de deficiência visual. A aluna foi acolhida com toda atenção e carinho por todas nós e participou de todas as atividades do programa e ao final recebeu o seu certificado de conclusão de curso. Foi uma experiência enriquecedora e gratificante para todos, tanto para as alunas, como para nós servidores do câmpus. Todos estavam envolvidos neste desafio. Eram todos ajudando uns aos outros.
Atualmente o câmpus Campos do Jordão tem um cadeirante, um deficiente auditivo e um aluno com um comprometimento em um dos membros superiores, e todos são atendidos com muito respeito, atenção, carinho e valorização pelo Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - NAPNE, conforme suas necessidades.
           E finalizo a minha atividade com uma frase de Piaget: